sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Aos 40...


O tempo manda e desmanda
Você só acompanha
Nesse sobe e desce da vida
Vamos andando na manha

Na segunda idade tudo incomoda
Pensa que é fácil?
Tenta entende e ver com quarenta!
Tudo embaça

Ser coroa sem espinhos
Não é fácil
A vida te maltrata
A pele, a mente falha

Fazer quarenta viagens
Ter quarenta imagens
Fazer quarenta mulheres
Ter quarenta amigos

Que seja quarenta
Que venha outros mais
Pois tudo passa
Eu quero é mais aproveitar

Passei por tantas
Aqui não vou contar
Quem quiser saber
Meu livro tem ler.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mariposa



Sou um inseto
Sou escamosa
Sou Paciente
Mariposa que sou
Bonita ou feia sou que sou
Nesta vida eu voo
Pouso em qualquer lugar
Quem não me conhece
Medo eu dou
Rastejei
Depois casulo
Lá longe Voei
Um pouco confuso
Janela a vista
Um clarão e pronto
Eternizei o voo
Fixou no quadro escuro
Um papel bonito
Leve linha de tempo
Suave brilho
Breve e pequena vida
Momento vinculado
Nem tudo desenhado
Nem tudo escrito
Mas tudo fotografado.

sábado, 18 de agosto de 2012

Sem Teto


Sobre a minha cabeça, só o céu
Só as nuvens
Só o sol

Sob os  meus pés, só o chão
Só areia
Só pedra

Sabe-se de um lugar que não é meu
Não está  a venda
Não pode ser alugado

Só quero passar a noite
Só pra ficar um dia
Só quero passar a chuva

Quero só esconder a vergonha
Não quero que me vejam chorar
Pra que não me vejam  lamentar

Com esse teto salarial
Não há teto que consiga cobrir
Não há sonho pra colorir

Não há futuro no olhar
Não temos o que comer
Não temos como nos proteger.


(foto_by Graco)

Moment...


Quero o vento leve...
que traga o seu perfume
Nesse dia um sorriso é conquistado
Delicadas mãos
confunde-se entre pétalas

Tudo por uma rosa perfeita
Tudo por um dia perfeito
Tudo por um dia feliz
Tudo por um momento ao seu lado

(essa é pra você...)
(desenho Salvador Dali_mestre nas artes surrealista)

Theatro


Luzes em nossa direção
Acelera meu coração
Eu gaguejei

Mas você, forte em ação
Fiquei em suas mãos
Com o coração na mão

Mudei a encenação
Tomava conta a tensão, pós-formação
Em fim saiu a melhor evolução

No desenrolar da ação
Todos viram a finalização
Rir faz bem ao coração

Sem sair da concentração
Com uma maravilhosa apresentação
O público aceitou a deformação.

Sem você (II)


Encontros e desencontros
Assim passam-se os anos
Poucas palavras foram ditas
Alguns olhares nos fugiram
Pequeno foi o beijo__ eterno
A minha mão e sua mão voaram
juntas em direção ao por do sol
Tardes de sol
Noites de luar
Encontros e desencontros
Caminhos da saudade.

Sem você


A distância nos faz pensar
A solidão nos faz gritar
As horas nos faz esperar
A mentira nos faz sensíveis
O Amor nos faz
pensar,
gritar,
esperar e
perdoar.

Direção


Talvez em direção ao mar
Para deixar que leve velhas lembranças
Talvez em direção ao próximo verão
Procurar nova paixão

Depois do verão
Vou estacionar meu coração 
Cuidar da mente e do corpo
E esperar um novo verão

(para Rose)

Agir


Quase fim do mês
Música ao vento
Lá fora tudo em paz
Não estou preocupado com o tempo
Mas quando olho...
Me vejo ocupado de todos os lados
Com sonhos entre realidades

Falam...
Não pense... faça!
Realize o seu sonho
Com muito Trabalho
Não deixe seu eu conformado...

Contudo ainda estou vagando nesse tempo
Com tempestades, lágrimas, olhares fixos
e sem piedade do próximo ou da próxima

Que nas madrugadas afundo, há fenda, há ferida e ilusão...
Há solidão na face de cada próximo, próxima nas madrugadas.

Eu?


Eu te amo eu.
Se eu não  te ama-se?
Quem te amaria?
Eu?


Eu te amo.
Eu...
se eu...
não te ama-se?
Quem te amaria eu?


Eu.
Te amo...
eu...
se...
eu não...
te ama-se?
Quem?
Te amaria?
Eu?